O ex-vereador de Franco da Rocha, Daniel Serra Azul Guimarães, após participar do curso de cidadania ministrado pelo Elo Social Brasil na Associação dos Advogados de Mairiporã, região de Franco da Rocha, ingressou com denúncia contra o prefeito, secretários e vereadores daquele município.
Por incrível que possa parecer, embora tenha exercido o cargo de vereador do Município em questão, afirmou várias vezes durante o curso de cidadania não saber nada sobre representações de improbidade administrativa ou qualquer outro tipo de denúncia, e afirmou que após o curso iria promover uma verdadeira devassa no executivo e legislativo de Franco da Rocha.
Foi exatamente o que fez logo em seguida, ingressou com uma denúncia contra o prefeito Márcio Cecchettini, seu vice José Antonio Pariz, o Pinduca (PSDB), o secretário de Governo, Marcelo Tenaglia (PRB), o ex-secretário de Assuntos Jurídicos Marco Antonio Donário e os vereadores Toninho Lopes (DEM), Topré (PSB), Tenório (PV), Rodrigo Federzoni (PV), Toninho Reis (PSDB), Léo (PT), Pablo Cunha (PTB), TG (PSDB), Zé Panta (PSDB) e Guinho (PSDB). Envolveu não só o prefeito e seu vice como também secretários e 10 dos 11 vereadores.
O grupo foi acusado pelo Ministério Público de São Paulo de desvio de mais de R$ 2 milhões dos cofres municipais. A ação, protocolada em 29 de dezembro de 2009, pediu o afastamento imediato dos investigados, a indisponibilidade de seus bens, o impedimento de ocuparem funções públicas e de disputarem eleições por 10 anos, além da devolução do dinheiro, corrigido e com multa de 200%.
Na ocasião foram apreendidos também R$ 62 mil, que estavam com os secretários Marco Antonio Donário e Marcelo Tenaglia. Parte dos valores estava em dinheiro vivo – em notas de R$ 50, R$ 20 e R$ 10 separadas em envelopes – e parte, em cheques. A apreensão chegou a ser noticiada pela TV e jornais, mas nenhum dos meios de comunicação informou o partido político dos envolvidos.
Segundo a denúncia apresentada pelo MP, o suposto esquema teria começado no primeiro mandato de Cecchettini, operado por Donário e Tenaglia. Os beneficiários diretos seriam o prefeito, o vice, o diretório municipal do PSDB e os dez vereadores.
Os operadores atuavam no gabinete do prefeito Márcio Cecchettini e arrecadariam, mensalmente, cerca de R$ 200 mil em propinas de empresas que detinham contratos e concessões de serviços públicos, como coleta de lixo, transporte público, merenda escolar e a obra do centro da cidade.
Resultados como este é que nos motivam a continuar a acreditar que a solução do Brasil está em cidadania e não em pessoas que se elegem com propostas mirabolantes totalmente desprovidas de conhecimentos técnicos que lhes permitam realmente se tornar um diferencial no cargo público a que passa a ocupar após eleito.
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