Você já parou para analisar que a vida começa com uma disputa onde só nós, que estamos aqui, vencemos e os demais morreram pois não fecundaram o óvulo?
Tudo o que nossos pais e parentes podem fazer por nós é nos orientar na construção de nossa escada, que aqui chamaremos de “a escada da vida”.
Não adianta querer construir a escada para os seus filhos, já que cada ser humano tem que construir sua própria escada. Não adianta querer entregar sua escada pronta para seus filhos, pois na escada da vida temos que iniciar do primeiro degrau.
Tem quem faça escadas grandes, porém fracas, que quebram com facilidade. Tem quem as faça com degraus longos e, depois de uma certa idade, já não conseguem mais subir. Tem quem a faça com degraus pausadamente ideais e assim tem muito mais habilidade em subir e as vezes até descer um ou dois degraus para tomar impulso e subir com mais força. Tem quem use material de primeira e bastante resistente, tendo assim mais longevidade. E tem quem utilize qualquer material.
Tem que rouba escadas e até mesmo quem sobe em escadas dos outros, porém, em determinado momento terá que chegar a algum lugar, e este lugar carece de conhecimentos, conhecimentos estes que se obteria em cada degrau construído. Sendo assim, ao chegar no topo da escada ficará como o cachorro que caiu do caminhão de mudança, ou seja, nada conseguirá fazer nem saberá para que lado ir.
O ato de construir nossa própria escada é o que determina se faremos ou não sucesso na vida.
Para ser um bom patrão, tem que ter construído uma boa escada quando você ainda era um empregado, pois o empregado tem a oportunidade de treinar para um dia ser patrão. E qual seria este treinamento senão o ato de exercer suas tarefas com presteza, responsabilidade e sempre na busca da perfeição, e o que é ainda melhor, o patrão é quem corre todos os riscos pelo resultado do trabalho e ainda paga ao empregado para ensina-lo.
Isso é para o empregado que um dia será patrão, mas o empregado que jamais será nada usa o tempo que lhe é patrocinado para simplesmente exercer aquela função de forma displicente e, além de não ajudar o patrão, também não consegue colocar nenhum degrau em sua escada, ou seja, é mais um daqueles que jamais terá 10 anos de experiência e sim 10 vezes um 1 ano, já que para ele todos os anos são a mesma coisa, não evolui nem faz com que ninguém evolua.
O simples fato de ter estudado, se formado e feito uma pós-graduação não é suficientemente capaz de ditar o resultado que você irá colher em sua vida e em sua carreira, afinal, o que conta é o material com que você construiu esses degraus da sua escada. Será que construiu esses degraus com madeira de lei e parafusos, ou construiu com pinos e pregos, de forma que não lhe sustentará no futuro?
Considere o ato de pilotar um avião. O piloto, antes de se sentar em uma cabine, estudou, fez estágios, teve obrigatoriamente que cumprir horas de voo para um dia finalmente estar em uma cabine na responsabilidade de pilotar um avião, que poderia levar à morte um grande número de pessoas.
Temos pessoas que querem entrar na cabine da vida de alguém, ou na empresa de alguém, que levou anos e anos para construir um patrimônio, ou que levou anos e anos para construir uma família feliz, e aí se acham com capacidade de saírem pilotando tudo. O resultado certamente será um desastre. Já viu quantos relógios tem no painel de um avião?
Como poderia uma pessoa despreparada entrar em sua vida sem escada, simplesmente pela janela, e pilotá-la sem qualquer experiência e sem sequer conter os instrumentos? Pois bem, é isso que vemos acontecer o tempo todo, tanto em empresas fadadas ao insucesso como em vidas e famílias fadadas ao fracasso.
Isso é algo que acontece com frequência em empresas que passam de pais para filhos. Quando os filhos não tem sua própria escada e sentam na cabine, querendo pilotar a empresa, é um desastre anunciado. Não que ele não queira acertar, mas ele não conhece os instrumentos, e por não conhecê-los, nem a torre de controle vai conseguir passar-lhe informações, e essa empresa certamente sucumbirá.
Quando isso acontece na vida pessoal, onde alguém com muita aparência, às vezes pouca idade e nada de experiência nem de maturidade, entra em sua vida como se fosse um presente dos deuses, sem nunca ter construído uma escada, e o que é pior, quer imediatamente assumir o comando.
É típico de quem não tem escada querer subir rapidamente os degraus de quem tem e já ir logo assumindo o comando, pois é uma forma de querer provar para todos que para chegar em determinados lugares não se tem a necessidade de construir escadas.
A você, que está lendo isto, eu lhe pergunto: como construiu sua escada?
Será que foi de madeira de lei, ou de madeira de pinos e cheia de cupim?
Será que foi com porcas e parafusos, ou com preguinhos e arames?
Será que dosou corretamente seus degraus (e às vezes temos que voltar alguns degraus para tomar impulso e depois subir de novo) ou será que foi quebrando os degraus por onde subia?
Se quebrou os degraus e um dia tiver que voltar, não encontrará degraus e, sendo assim, seu retorno se transformará em uma queda que pode ser fatal, tanto na vida pessoal como na carreira profissional!
É comum voltarmos degraus na vida para tomar impulso e subir dois ou mais, então, o melhor a fazer é subir os degraus sem destruir os que ficaram para trás.
Será que você deu uma distância certa entre um degrau e outro? A vida tem seu ciclo natural e chegará o dia em que não conseguirá subir degraus tão longos, então é melhor fazer degraus mais perto e subir com mais velocidade, porque se um dia tiver que voltar e subir novamente e a idade não lhe for favorável, terá os degraus intermediários para se apoiar.
Tem pessoas que na ânsia de subir rápido e passar na frente dos outros colocam degraus distantes, sem pensar que um dia poderá ter que dar um passo atrás para ganhar impulso, e aí não terá esse degrau intermediário para se apoiar. As escadas tem que ser compatíveis com nossa idade e vigor físico, porém, temos que pensar no presente e também no futuro, já que a idade chega para todos.
Temos ainda aqueles que nada fizeram e agora querem recuperar todo tempo perdido, e fazem correndo uma escada para subir rapidamente, mas nem a idade nem a experiência lhe permitem fazer isso, e esse é um dos motivos pelos quais as penitenciárias estão abarrotadas de pessoas sem escada que queriam cortar caminho e se dar bem na vida rapidamente as custas da escada dos outros.
Atrás de cada encarcerado tem uma ou várias histórias de escadas não construídas e de escadas roubadas, e isso serve também para relacionamentos, pois o relacionamento também é uma escada e deve ser construído com degraus pausadamente calculados e firmes para suportar eventuais problemas que um casamento também tem.
Se você não fez uma boa escada, trate de desmontar a que tem e adequá-la à sua realidade, partindo imediatamente para sua reconstrução.
A vida é cheia de oportunidades, mas todas devem ser usadas para construção dos degraus de nossa própria escada.
Todos nós carregamos a própria escada nas costas em busca de um apoio para encostá-la e poder subir. Esse apoio pode ser uma grande empresa, uma grande ideia, um grande projeto ou uma grande oportunidade quando se fala em carreira profissional. Quando se fala em vida pessoal, esse apoio para a nossa “escada da vida” pode ser uma grande mulher ou um grande homem que, para ser grande, não precisam ser belos e atraentes, não precisam também ser ricos, estudados ou promissores, precisam sim ter uma boa “escada da vida”.
Se estiver preparado, saberá a hora e o lugar onde deverá encostar a sua “escada da vida” e assim ser um profissional bem-sucedido, além de ser e fazer alguém feliz.
“Simples Assim”
Jomateleno
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